Bem-vindos ao “Estórias de Bicharocos e Bicharada”, um blogue dos 7 aos 77 anos

sábado, 31 de janeiro de 2009

Dona Aranha e sua teia

Dona Aranha fez a teia,
esqueceu-se do telhado.
É uma bonita renda,
de um só fio entrelaçado.

Muito trabalha a senhora!
Tece o fio que produz.
A teia fica invisível,
quando não lhe bate a luz.

Muito leve e transparente,
para que ninguém a veja.
É assim que ela apanha,
a comida que deseja.

Não julguem que ela é má!
Tem mesmo que o fazer.
Apanha alguns bichitos,
senão não tem que comer.

E depois há os filhotes,
que tem que alimentar.
Boa mãe é esta aranha
e seus filhos quer mimar.

Tem umas patinhas finas,
para não colar na teia.
Esconde-se num cantinho
e espera a sua ceia.

Fez longos metros de seda.
Trabalhou a noite inteira.
Pois agora bem merece
descansar desta canseira.

Texto de Luísa Azevedo - Blogues: banana ou chocolate? e Pin-Gente (Todos os direitos de autor reservados)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Lilly – O porto que fica para além da poesia...



Lilly, a esbelta louva-a-deus, folheava o jornal matinal quando, de repente, o seu olhar se fixou numa apelativa imagem que ilustrava um anúncio não menos aliciante: “Estórias de Bicharocos e Bicharada – Um blogue dos 7 aos 77 Anos”!

Os seus olhos reluziam, impregnados de um entusiasmo crescente, e as ideias atropelavam–se, freneticamente, no seu cérebro ávido de experiências por realizar…

Foi uma manhã calma na Biblioteca Municipal: numa mesa, um pequeno grupo de estudantes – caras risonhas, jeans desbotados, mochilas coloridas, cabelos espetados envoltos num gel brilhante; ao fundo, um homem de meia-idade, fato cinzento, gravata escura, os óculos colados a uma vasta pilha de revistas empoeiradas e, frente ao enorme vitral que abraça a ampla sala, uma secretária exemplarmente organizada na qual Lilly, a bibliotecária, se encontrava envolta nos seus pensamentos sob o som de um teclado ritmado.

O velho relógio bateu as doze horas. A sala estava vazia. Lilly apressou–se a correr as persianas, arrumou uns livros que, delicadamente, foram devolvidos por um grupo de crianças que, entretanto, se fizeram acompanhar da professora primária para seleccionarem o Conto da Semana – um projecto de leitura que Lilly, apaixonadamente, acompanha…

A rua está semi–deserta. A chuva cai, compassadamente, e o frio obriga Lilly a calçar umas luvas que, não fosse a sua destreza habitual, a impossibilitariam de segurar, com ternura e firmeza, a fotografia que recortara do jornal, hoje de manhã.

Os seus olhos astutos procuram o número 17 – a casa da Helena, a proprietária do blogue – esse blogue que a impediu de se concentrar, no seu trabalho, toda a manhã. O vento tenta, em vão, arrancar–lhe a fotografia que, colada ao peito, impele Lilly para um portão em ferro, tons de musgo, e abre portas a um magnifico jardim.


Lilly bate à “porta”. O seu coração dispara aceleradamente e, por breves instantes, pensou recuar, deixar para trás o seu velho sonho de infância. Mas, apesar do nervosismo contagiante, Lilly esperou impacientemente até que o portão se abriu:

Verde intenso, flores multicolores, borboletas acetinadas, um forte cheiro a jasmim recebem Lilly. Os rouxinóis cantam e o sol… A magnifica luz que ilumina este espaço contrasta com o Inverno que se faz notar, lá fora…

Ao longe, Helena, a anfitriã aguarda Lilly. “Sim”, pensa ela, “É perfeita!”. “Lilly será a nova contadora de histórias deste jardim”.

Texto de Carla Alves - Blogue: Velas ao Vento (Todos os direitos de autor reservados)

domingo, 11 de janeiro de 2009

LisSecuritum



Oh, desculpem esta indelicadeza... o meu bocejo representa uma longa noite a guardar a bela cidade de Lisboa... há muitos invasores furtivos por aí. De noite rondam os ratos e ratazanas de esgoto que não param de esburacar as ruas da cidade, de dia são as malucas das pombas que andam sempre a bombardear as pessoas ... isto não é fácil!!

Acho que vou ter de iníciar um processo de recrutamento e formar mais gaivotas... acho que vou recorrer ao microcrédito e abrir uma empresa de segurança. Até já sei o nome... LisSecuritum!!!! Aí é que vai ser, eheheh, não haverá roedor e bombardeiro que resista à minha força de intervenção!
A minha empresa vai ser reconhecida nacionalmente e os serviços vão tornar-se indispensáveis para o bem estar da população... mas, agora vou mergulhar em busca de um belo pequeno-almoço e lavar a minha deslumbrante plumagem.
Olhem para o céu... eu andarei por lá durante o dia!

Texto de Sandra Marques - Blogues: Nas Asas dos Sonhos e Chocolate PB (Todos os direitos de autor reservados)

sábado, 3 de janeiro de 2009

Abelhinha comilona



Poiso aí e poiso ali,
poiso além e acolá,
vim poisar nesta flor
para ver o que aqui há.



Um pouquinho deste lado
do outro lado talvez
estou a comer muito pouco
vai ficar p'ra outra vez.



Tantas outras cá estiveram,
já pouco resta para mim,
sou a abelhinha comilona,
desculpem, eu sou assim.

Texto de Rui J. Santos - Blogue: altosvoos (Todos os direitos de autor reservados)

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