O Porquinho-da-índia Mimoso
Era uma vez um porquinho-da-índia chamado Mimoso, muito querido por todos. Costumava brincar no pátio com as crianças, com o cão e o gato. Era bem recebido em todos os lugares, por ser pequenino, gordinho e simpático.
Mas, apesar disto, a verdade é que não estava totalmente feliz e satisfeito. O que acontecia era que o Mimoso era muitíssimo guloso e há muito tempo que não lhe saia do pensamento umas maçãs muito madurinhas que avistou num quintal bem perto do sítio onde morava. Pensava tanto nelas, que não conseguia fazer mais nada e isso deixava-o triste.
Os seus amigos preferidos: o gato Fausto e a cadela Kiara estavam preocupados por saberem que ele pensava tanto naquelas maçãs. Isso não ia dar bom resultado, não ia não...
- Au! Au!, dizia Kiara meio zangada. As maçãs não são tuas, são do vizinho, por isso não podes comê-las. Tira-as do teu pensamento.
- Miau! Miau! aconselhava o Fausto. Lembra-te meu amigo que não se deve cobiçar o que é dos outros. É um pensamento muito feio.
Nessas alturas o Mimoso baixava a cabeça meio envergonhado. Sabia que os seus amigos tinham razão. E fazia mil promessas de que não tocaria nelas. Mas, ele sabia o quanto estava difícil esquecê-las!
Um certo dia, o Mimoso resolveu passear sozinho. Saiu de casa, atravessou o quintal e sempre pela berma fez-se à estrada.
Ora correndo atrás de uma borboleta, ora brincando com as formigas, ora rebolando na terra gostosa.

O certo é que se afastava cada vez mais. De repente parou preocupado. Apareciam umas nuvens muito escuras no céu e um vento frio começou a soprar. Será que vinha aí um temporal?
- Espero que não faça trovões, pois tenho medo! – disse o Mimoso.
Mal tinha acabado de falar, ouviu o primeiro trovão, e disse: Tenho que voltar bem depressa para a minha casinha’’.
E girando as patinhas começou a correr. Para encurtar caminho foi por uns atalhos e ao atravessar uma cerca de arame farpado, o coitado quase ficou preso. Mas a chuva começou a cair com tanta força, que o Mimoso rapidamente ficou ensopado até os ossos e como começou a ficar muito cansado procurou um abrigo em baixo de uma árvore. A chuva continuava a cair em grossos pingos.
De repente o Sol surgiu como por encanto no céu azul.
Mimoso levantou-se resolvido a ir embora para casa, mas começou a sentir um cheirinho muito seu conhecido. Levantou o focinho. Que maravilha! Lá estavam na árvore as maçãs madurinhas e cheirosas!
Mas que tentação...

De boca aberta e olhos brilhando de cobiça, o Mimoso começou a dirigir-se para a árvore. Começou a mexer os galhos da macieira com força para que as maçãs caíssem e ele pudesse então comer, comer muito.
Mas, uma maçã muito madurinha teimava em não cair. Mimoso com a sua patinha tentou apanhá-la e perdeu o equilíbrio. Foi então que caiu numa lata de tinta vermelha que se encontrava por baixo da árvore.
- Que é isto? Onde fui cair? Gritou ele muito assustado.
Sacudiu-se então com muita força, mas a tinta não saia. Zangado consigo mesmo foi para casa a fim de limpar-se. Porém ai é que foi o pior, pois ninguém o reconheceu assim pintado de vermelho. Todos fugiram, cheios de medo.
O gato Fausto quase que lhe arranhou o focinho, e por um pouco, a cadela Kiara não lhe mordia.
Aí o Mimoso falou: Amigos sou eu, peço-vos para me esfregarem pois eu fui amaldiçoado por tentar comer as maçãs que não me pertenciam.
Então os amigos ficaram com muita pena do que lhe acontecera e trataram de lavá-lo. Esfregaram, esfregaram...mas a tinta não saiu mesmo.
Resultado: ninguém mais o chamou mais por Mimoso. Agora a sua alcunha era “o vermelho”.
E isso muito o entristecia! Porém, não tanto como a lembrança da feia acção que havia praticado. O gato Fausto e a cadela Kiara tinham razão, a cobiça é de facto muito feia. O Mimoso aprendeu a partir daí que se deve saber aceitar, com humildade, o que a vida nos dá.
Mas, apesar disto, a verdade é que não estava totalmente feliz e satisfeito. O que acontecia era que o Mimoso era muitíssimo guloso e há muito tempo que não lhe saia do pensamento umas maçãs muito madurinhas que avistou num quintal bem perto do sítio onde morava. Pensava tanto nelas, que não conseguia fazer mais nada e isso deixava-o triste.

- Au! Au!, dizia Kiara meio zangada. As maçãs não são tuas, são do vizinho, por isso não podes comê-las. Tira-as do teu pensamento.
- Miau! Miau! aconselhava o Fausto. Lembra-te meu amigo que não se deve cobiçar o que é dos outros. É um pensamento muito feio.
Nessas alturas o Mimoso baixava a cabeça meio envergonhado. Sabia que os seus amigos tinham razão. E fazia mil promessas de que não tocaria nelas. Mas, ele sabia o quanto estava difícil esquecê-las!
Um certo dia, o Mimoso resolveu passear sozinho. Saiu de casa, atravessou o quintal e sempre pela berma fez-se à estrada.
Ora correndo atrás de uma borboleta, ora brincando com as formigas, ora rebolando na terra gostosa.

O certo é que se afastava cada vez mais. De repente parou preocupado. Apareciam umas nuvens muito escuras no céu e um vento frio começou a soprar. Será que vinha aí um temporal?
- Espero que não faça trovões, pois tenho medo! – disse o Mimoso.
Mal tinha acabado de falar, ouviu o primeiro trovão, e disse: Tenho que voltar bem depressa para a minha casinha’’.
E girando as patinhas começou a correr. Para encurtar caminho foi por uns atalhos e ao atravessar uma cerca de arame farpado, o coitado quase ficou preso. Mas a chuva começou a cair com tanta força, que o Mimoso rapidamente ficou ensopado até os ossos e como começou a ficar muito cansado procurou um abrigo em baixo de uma árvore. A chuva continuava a cair em grossos pingos.
De repente o Sol surgiu como por encanto no céu azul.
Mimoso levantou-se resolvido a ir embora para casa, mas começou a sentir um cheirinho muito seu conhecido. Levantou o focinho. Que maravilha! Lá estavam na árvore as maçãs madurinhas e cheirosas!
Mas que tentação...


Mas, uma maçã muito madurinha teimava em não cair. Mimoso com a sua patinha tentou apanhá-la e perdeu o equilíbrio. Foi então que caiu numa lata de tinta vermelha que se encontrava por baixo da árvore.
- Que é isto? Onde fui cair? Gritou ele muito assustado.
Sacudiu-se então com muita força, mas a tinta não saia. Zangado consigo mesmo foi para casa a fim de limpar-se. Porém ai é que foi o pior, pois ninguém o reconheceu assim pintado de vermelho. Todos fugiram, cheios de medo.

Aí o Mimoso falou: Amigos sou eu, peço-vos para me esfregarem pois eu fui amaldiçoado por tentar comer as maçãs que não me pertenciam.
Então os amigos ficaram com muita pena do que lhe acontecera e trataram de lavá-lo. Esfregaram, esfregaram...mas a tinta não saiu mesmo.
Resultado: ninguém mais o chamou mais por Mimoso. Agora a sua alcunha era “o vermelho”.
E isso muito o entristecia! Porém, não tanto como a lembrança da feia acção que havia praticado. O gato Fausto e a cadela Kiara tinham razão, a cobiça é de facto muito feia. O Mimoso aprendeu a partir daí que se deve saber aceitar, com humildade, o que a vida nos dá.

Texto de Teresa Escoval (Todos os direitos de autor reservados)
40 comentários:
Adorei o seu texto, como sempre, e as fotos estão fantásticas. Um bom ano e continue e tornar os nossos dias mais felizes com as suas histórias.
Que postagem mais linda! Fico feliz em visitar esse blog. Encantador com perfeitas fotos
São todos hiper,mega...mimosos!!!
;)
Olá Pipocas!
Agradeço os elogios às fotos :-)
Só quero ressalvar que esta estória não é da minha autoria mas sim de uma amiga, a Teresa Escoval.
Beijinhos ;-)
Eu aos bichos, caço-os, sem perdão. Não lhes conto histórias nem lhes dou mimos. Exibo as presas num pavilhão de caça e pronto, quando muito deixo que sejam elas as histórias...
E isto para dizer o quê? Pois, que este é um blogue muito interessante e original. Um prazer passar por aqui.
Ciao, e já agora, um bom ano.
Olá Helena,
O Mimoso tem mesmo ares de glutão.
Bonitas imagens.
Beijinhos
Mais uma maravilhosa estória aqui neste lindo blog de bicharada... Parabéns à sua autora!
Quanto às fotos são simplesmente lindas...! e até me questiono sobre o que andaria este porquinho-da-índia a fazer pelo campo?! Será que andava mesmo à procura das ditas maçãs?:)
Beijinhos,
AA
Uma história maravilhosa, onde, entre vários animais, aparece também uma linda borboleta (sou suspeita a gabar este lindo insecto, LOL!)
Muitos Parabéns pelas belas e variadas fotos e tb à autora da história. Bjs e FELIZ 2010:)
A maior conclusão a retirar é que tanto o gato Fausto como a cadela Kiara eram racistas!
Beijoca!
Linda estória contada pela Teresa, algo que nos devia fazer pensar... bem elaborada e pensada... em sintonia com as belas imagens da Helena... gostei imenso e uma das melhores que já li por aqui...
Bjs grandes a ambas,
Nuno de Sousa
Sabes que eu leio muitas vezes os teus posts aos meus netos e eles deliram como eu???
Adoro, vir ler-te...e as fotos!!!
Sabias que eu nasci em Angola e sou a 4geração nascida lá, o meu filhote mais velho é a 5ª
Jinhos
Olá Helena, belas fotografias como sempre...belo texto...Espectacular....
Beijos
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História e fotos belíssimas!
Obrigada, pela viagem nesse seu mundo tão bonito...
Beijos de luz e o meu carinho, muito especial!!!
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Que bonita história de bicharocos e bicharada... está lindíssima!
E as fotos?... Estão um espectáculo! Parabéns ás duas amiguinhas.
Leninha, obrigada pela passagem no meu blog e pelo comentário também. Mas as fotos da Serra da Estrela já as publiquei lá para trás. Vai lá vê-las...! Não tinha muita neve! Passados uns dias é que nevou a sério... paciência, fica para a outra vez!
Beijinhos para as duas amigas, para quem escreveu e para quem fotografou esta linda história!
Beijocas
Mais uma história maravilhosa que é uma grande lição para todos:-) especialmente para os nossos "pimpolhos":-)).A Teresa Escoval está de parabéns!!!
Agora as fotos, que maravilha Leninha!!! Adorei todas elas, mas a que mais me fascinou foi a macro da borboleta em cima da flor da "esteva". És uma artista miguinha!!!!!!!
Jinhos bem godos,
Ana Paula
Coelliños de indias, chamabamoslle nos cando eramos unhos cativos, e tivemos algun na casa, que ao final escapou e nunca mais soubemos dil, seguro que se agochou no monte e conquistou unha linda coelliña.
Unhas fotos cheas de vida e un fermoso texto.
Noraboa!!!
Biquiños
O que dizer???...
As suas fotos são simplesmente fantásticas!!!
Já agora, qual a lente usada?
Abraços
Gostei muito de ler a história...
Quanto às fotos....lindas...
Obrigada pela partilha.
Beijos e abraços
Marta
"- Miau! Miau! aconselhava o Fausto. Lembra-te meu amigo que não se deve cobiçar o que é dos outros. É um pensamento muito feio."
Como sou um desestabilizador, só espero que os nossos políticos e governantes, apareçam por aqui, que leiam e veja as imagens belíssimas.
Não gosto de gatos e mais a mais deste que é mesmo "natural".
Cumprimentos.
Como sempre, as fotografias aliadas à história, conjugam-se na perfeição.
Acho que estas histórias e fotografias, mereciam estar num livro.
Ah, como eu também amo os animais!
Todos!
Beijinho e bom fim de semana.
Adoro porquinhos da ìndia. As minhas irmãs têm vários e já lá tenho ido de propósito para lhes fazer festas... e a história um miminho!!!
Beijokas!!!
adoro o cachorro,é uma raça portuguesa ,não é
Cada vez melhor, fotos sempre espectaculares e estórias de encantar.
Continua, este ano quero ver o livro com estas estórias, é uma pena não acontecer :)
Beijinhos e um bom domingo.
Adoro maçãs! Devo ser parente do porquinho. ;)
Uma histórinha linda e as fotos fantásticas.
Beijos e boa semana.
Lovely shots of different kinds.
It's a wonderful blog you have going here... Very enjoyable.. beautiful photos.
Quero felicitá-la, mais uma vez, pelo extraordinário blogue, pelas belíssimas fotografias e excelente selecção de textos. Todas estas variáveis fizeram com que escolhesse este espaço para destacar ao longo desta semana, no meu blogue fotográfico.
Que continue sempre a presentear-nos com boas estórias...
Com os melhores cumprimentos,
Pedro
A historinha é muito linda. O meu neto ia adorar... vou copiar para lha contar... Mas as fotos, como sempre são muito bem realizadas. Um beijo e Bom Ano
Muito legal! As fotos são lindas!
bjosss!
Mas que prazer conhecer teu lindo blog infantil e cheio de histórias lindas. beijos e já te sigo.Tudo de bom,chica
...peninha do Mimoso e coitada da maçã que, quem sabe, até desejaria levar uma mordidinha do Porquinho!... Mas a cobiça, quando pecado, merece castigo e o Mimoso teve o seu, mas será que foi mesmo castigo? Quem sabe, assim todo encarnadinho não irá tornar-se numa pequena mascote do glorioso SLB.
Parabéns para a Teresa Escoval e para você, Helena Paixão... por fotografia e boas Histórias ternurentas!
Escolham entre... beijos e abraços
HELENA
Parabéns pelas ftos e textos sobre os nossos amigos animais.
PARABÉNS PELA FOTOGRAFIA DA BORBOLETA ENTRE FLORES.
Bjs
G.J.
Gostei tanto do porquinho Mimoso...peninha o que lhe aconteceu. Pronto...é bom saber que não se devem cobiçar maçãs (e outras coisas) alheias...mas só uma maçãzinha não era um pecado muito grande,pois não?
Amei a estórinha e as fotos. É sempre uma delícia vir aqui,Helena querida.
Beijo e o meu carinho.
Feliz 2010!
Vim fazer mais uma festinha ao porquinho-da Índia!
Muitos beijinhos!!!
Os meus parabéns para as tua magnificas fotos e para a Teresa pois a história esta magnifica e nos mostra que temos o livre arbitro nas escolhas mão não há acção que não tenha a sua consequência
beijinhos
O mesmo devia ter acontecido ao nosso conhecido "capitão vermelho".
Gostei da história e das fotos!
Beautiful Words and fantastic shot !! Amazing blog you have !!!
As tuas histórias são sempre mais agradável, e as imagens são realmente boas !
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